Ementa

REVOGA A LEI Nº 2.437/2023 E DÁ NOVA REDAÇÃO À DECLARAÇÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL HISTÓRICO E MATERIAL DO CORETO DO IMPÉRIO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, LOCALIZADO NO CENTRO DO MUNICÍPIO DE SAQUAREMA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Justificativa

O presente Projeto de Lei tem como finalidade revogar a Lei nº 102/2023, substituindo-a por uma redação mais adequada à legislação municipal vigente e aos parâmetros técnicos de tombamento e registro de bens culturais materiais.

O Coreto do Divino Espírito Santo – Patrimônio Cultural de Saquarema

O coreto localizado na Rua Barão de Saquarema, em frente à Praça Oscar de Macedo Soares, no centro da cidade, foi construído na segunda metade do século XVIII com fins religiosos.

A devoção ao Divino Espírito Santo no Brasil tem suas raízes no culto trazido pelos colonizadores portugueses, especialmente pelos vindos dos Açores. Essa tradição, que remonta à Rainha Santa Isabel de Portugal, no século XIII, ganhou força no Brasil colonial e se consolidou em várias regiões do país, particularmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte.

Introduzida no município de Saquarema em 1769 pelo Padre Antônio Moreira e pelo fazendeiro Thomaz Cotrim de Carvalho, a Festa do Divino Espírito Santo, que celebra o Dia de Pentecostes, tornou-se a mais tradicional manifestação cultural e religiosa do município. Representada por símbolos do Império, que evidenciam a realeza divina, a festividade é composta por diversos elementos culturais, como as indumentárias, os cânticos de repente e a presença dos foliões.

O coreto, em estilo colonial e construído em 1769 para abrigar o Império do Divino Espírito Santo, ainda hoje preserva algumas de suas características originais, como a volumetria das colunas erguidas em pedra e cal. Seu momento de maior destaque ocorre no Dia de Pentecostes, quando é ricamente ornamentado com bandeirinhas, fitas coloridas, flâmulas nas cores azul e vermelha com detalhes dourados e flores, tornando-se o principal símbolo da celebração.

Fonte : Livro Histórias de Saquarema - Fragmentos da nossa memória. ( Caio Silva )